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QUAIS OS MELHORES FUNDOS IMOBILIÁRIOS PARA 2023
Imagem Ilustrativa

QUAIS OS MELHORES FUNDOS IMOBILIÁRIOS PARA 2023

Nas últimas semanas, os fundos imobiliários enfrentaram uma série de desafios significativos devido ao aumento das taxas de juros, particularmente a Selic elevada. Em novembro, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), que mede o desempenho médio dos fundos imobiliários negociados na B3, sofreu uma queda de 4,15%. Esse movimento foi exacerbado ao longo de dezembro, resultando em uma queda acumulada de 1,14% até o dia 27. A alta na Selic impacta diretamente o setor imobiliário de duas formas principais: primeiro, elevando os juros e, portanto, tornando a renda fixa mais atraente para os investidores; segundo, reduzindo a demanda por imóveis, o que diminui o poder de compra dos consumidores.

O aumento das taxas de juros tende a diminuir a atratividade da renda variável, levando os investidores a migrar para investimentos mais seguros e previsíveis, como a renda fixa. Essa mudança de preferência tem um efeito negativo sobre os fundos imobiliários, pois o aumento nos juros geralmente reduz o apetite do mercado por imóveis. Além disso, a diminuição da demanda por imóveis pode levar a uma menor valorização e renda desses ativos, o que prejudica especialmente os fundos de tijolos, que investem diretamente em imóveis físicos.

Por outro lado, os fundos de papel, que investem em títulos e recebíveis ligados ao mercado imobiliário, são relativamente mais resilientes à elevação dos juros. Isso se deve ao fato de que muitos desses fundos possuem carteiras compostas por títulos atrelados a índices que acompanham a Selic, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). No entanto, os fundos de papel que têm investimentos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) enfrentaram dificuldades devido à deflação desse índice em julho, agosto e setembro. Isso afetou especialmente os fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que são diretamente impactados pela variação do IPCA.

Em resposta a esses desafios, a Empiricus, a pedido do E-Investidor, analisou o cenário e recomendou cinco fundos imobiliários que os investidores devem considerar para 2023. Segundo Caio Araújo, analista da Empiricus, as seguintes opções podem oferecer boas oportunidades no próximo ano: KNCR11, RBRR11, BRCO11, BCFF11 e TEPP11.

O KNCR11, por exemplo, é um fundo de crédito da Kinea que se destaca para investidores conservadores. Este fundo é atraente devido à sua baixa vacância dos imóveis e oferece retornos atrelados ao CDI, com uma rentabilidade de CDI + 2%. Araújo destaca que a principal atratividade do KNCR11 reside nas suas operações de crédito atreladas ao CDI, que oferecem uma forma de renda estável mesmo em um ambiente de altas taxas de juros. Com a alta na Selic, fundos que conseguem alinhar seus retornos com o CDI têm se mostrado uma escolha sólida para investidores que buscam minimizar riscos enquanto ainda buscam retorno.

Para os investidores que procuram opções robustas e bem posicionadas em um ambiente de taxas de juros elevadas, os fundos mencionados podem representar uma boa oportunidade de investimento. É crucial, no entanto, que cada investidor avalie suas próprias necessidades e objetivos financeiros antes de tomar decisões de investimento, considerando o cenário econômico e a performance dos fundos ao longo do tempo.

Ainda tratando de quais os melhores fundos imobiliários para 2023 e com a perspectiva de que os juros devem permanecer em 13,75% ao ano até metade de 2023, ele deve continuar entregando rendimentos aos cotistas. Vale lembrar que o Certificado de Depósito Interbancário anda em paralelo com a Selic. Ou seja, enquanto um está a 13,75%, o outro está a 13,65%.

A segunda escolha, o RBRR11, foi feita pelo fato de este ser um fundo com uma estratégia de alocação mais flexível, tanto em operações de crédito ou indexações. A carteira do fundo é composta por quase 40 ativos, e grande parte deles é considerado high grade (alto nível de confiabilidade).

Cerca de 80% dos ativos são indexados à inflação, a uma taxa média de IPCA + 6,5%. O restante é indexado ao CDI + 2,5%. “Minha visão hoje é que o fundo negocia com desconto patrimonial em torno de 15%, chamando a atenção por estar em um patamar interessante”, disse Araújo.

O desconto patrimonial consiste na medida que representa o valor justo de um fundo. Ou seja, ele está 15% mais barato do que o mercado enxerga como preço ideal.

No caso do BRCO11, o fundo tem uma “gestão de qualidade tradicional no mercado logístico”, afirma o analista da Empiricus, já que os 11 empreendimentos que compõem o fundo estão localizados em capitais, facilitando a entrega de produtos de empresas de e-commerce para os clientes, analisa Araújo.

Outro fator que também deixa o investimento interessante para o próximo ano é o desconto patrimonial do fundo, que está na casa dos 20%.

A quarta escolha é o BCFF11, fundo que historicamente demonstrou mais resiliência que a média de FOFs (fundos que, em vez de investir diretamente em ativos finais, aplicam nas cotas de outros fundos) durante a pandemia. Isso porque à época, por conta do isolamento social, locais como os shoppings deixaram de funcionar, o que prejudicou em grande escala os fundos de tijolo.

Outro setor que também caiu foi as lajes corporativas, já que os profissionais foram obrigados a ficar em home office e muitos escritórios foram desativados.

Ou seja, os fundos alocados em um único investimento foram mais prejudicados que as opções focadas em diversificação. O fundo tem posições diversificadas em lajes corporativas, crédito imobiliário e logístico, além de ativos de tijolo.

Já o TEPP11 tem a característica de adquirir imóveis por um valor baixo, fazer melhorias e vendê-lo a preços superiores. Hoje, o investimento tem cinco ativos na carteira, sendo que um deles “deve estar prestes a ser alienado”, afirmou o especialista da Empiricus.

Como a maioria dos imóveis está localizados em São Paulo, e em regiões nobres, como Faria Lima e Paulista, “o fundo tem um potencial de valorização na casa dos 25% [em 2023]”.

Hoje você descobriu quais os melhores fundos imobiliários para 2023, agora é a sua vez de se planejar financeiramente e começar a investir. Aproveite as dicas!

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